quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Eu sou como a garça triste, que mora a beira do rio...


“Eu sou como a garça triste /
Que mora à beira do rio, /
As orvalhadas da noite /
Me fazem tremer de frio. /

Me fazem tremer de frio, /
Como os juncos da lagoa; /
Feliz da araponga errante /
Que é livre e que livre voa. /

Que é livre e que livre voa /
Para as bandas do seu ninho, /
E nas braúnas à tarde /
Canta longe do caminho. /

Canta longe do caminho. /
Por onde o vaqueiro trilha, /
Se quer descansar as asas /
Tem a palmeira, a baunilha. /

Tem a palmeira, a baunilha. /
Tem o brejo, a lavadeira, /
Tem as campinas, as flores, /
Tem a relva, a trepadeira. /

Tem a relva, a trepadeira. /
Todas têm os seus amores, /
Eu não tenho mãe, nem filhos /
Nem irmãos, nem lar, nem flores."
(Trecho do poema “Tragédia no Lar” de Castro Alves)
Sinto sempre que este sou eu...como me sinto...

24 comentários:

  1. não sei o que se passa comigo ..mas amo essa garça... é uma tristeza que me da coragem??

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    1. essa poesia me encanta desde q eu era adolescentes eu a amo

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    2. Linda... ouvi pela primeira vez em uma novela de época ( sinhá moça) depois disso me apaixonei por esse poema..

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    3. Tb ouvi pela primeira vez na novela Sinhá Moça e me apaixonei pelo poema.

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    4. Conheci este poema na adolescência, na escola. Mas fui entender a beleza dele quando declamado na novela sinhá Moça. É realmente lindo!!!

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  2. não sei o que se passa comigo ..mas amo essa garça... é uma tristeza que me da coragem??

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  3. Bons tempo.onde o poeta dizia com o coracao

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  4. Bons tempo.onde o poeta dizia com o coracao

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  5. Bons tempo.onde o poeta dizia com o coracao

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  6. Minha mãe "cantava" esse poema, em forma de valsa, e eu aprendi com ela, e nunca mais esqueci. Ela pertenceu a uma época, em que os professores, geralmente homens, davam aulas na casa dos alunos, por contrato particular, e, na alfabetização dos alunos faziam uso de obras literárias, de modo a ensinar o gosto pela literatura, ao mesmo tempo que alfabetizava. Muitas outras obras foram usadas, e todas eram musicalizadas, como "CONCHINHA DE PRATA", "VIÚVA CONDENADA", "ORGULHO E PRECONCEITO", e outras, que ela cantarolava, e eu não mais consigo lembrar. Lembro, que, quando eu era criança, e mesmo durante minha juventude, eu, para ativar sua memória, estava sempre pedindo para cantá-las, argumentando junto dela, que eu queria "decorar", e, o mais interessante, foi que, eu decorei. Sem saber a autoria, infelizmente, eu, até hoje não gravei. Como diz Roberto Carlos....."MAS, AGORA EU SEI".....e, assim, em breve, senão todas, mas, pelo menos uma, estará no meu repertório. Coisas tão lindas não devem ser apagadas pelo tempo.

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    1. Eu sinceramente não sei explicar meu encanto por este extraordinário poema do Caríssimo Castro Alves, me lembro que ele foi belamente recitado na novela escrava Isaura na primeira versão por um grande ator.....Me perdoem se eu errar o sobrenome!Raimundo De Souza

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    2. Caramba!Cometi outra gafe! A novela era Sinhá Moça

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  7. Muito bonito e ao mesmo tempo triste.

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  8. Quantas garças tristes estão a tremer de frio com a tragedia de Brumadinho . Esse poema é lindo ao mesmo tempo triste

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  9. AMO ESSE POEMA E QUANDO FOI RECITADO NA NOVELA sINHÁ mOÇA, TEVE UM EFEITO ESPECIAL!!!

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  10. Tenho uma maravilhosa lembrança desse poema, mas de uma maneira não tão digna quanto ele merece, foi através da primeira versão de sinha moça que ouvi, e foi tão grandioso o sentimento que de anos pra cá uma vez ao mês a público nos grupos do facebook.

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  11. Amo está garça sempre que posso eu recito para me relembrar.

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  12. É interessante notar que poema hoje, na cultura atual, é coisa do passado, infelizmente! A coisa que tem valor hoje, é a composição das favelas, sem nenhuma preocupação com as normas da lingua portuguesa, sem beleza estética nem literário. A que chegou a cultura de nosso país. Expresso aqui, não apenas aminha tristeza, mas a minha tristeza!

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    1. Há poetas muitíssimo bons, sei por que meu irmão era professor de literatura e um aluno seu publicou um livro , mas esses poetas não são comerciais , o sobrenome dele é Turba e já foram vendidas cópias , fica a dica Eu li e gostei .

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  13. Escravos do semelhante... Ao que devemos amar como a nós mesmos, assim foi naquela época e agora não é diferente. Quantas vidas ainda serão perdidas quando os que tem como evitar nos deixam à margem da vida? Tenho pensado muito nesse poema ultimamente!!

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  14. Hoje, 26/09/2, acordei com esse poema na mente, um pouco triste, coisa rara de ser mas hoje sim, e decidi busca-lo.
    As pessoas tão distantes e isso me faz tremer de frio.

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